Nomes de demônios e suas classes de atuação
Os Nomes
Aqui
estão alguns nomes de demônios e suas respectivas classes,
significados, formas (personificações) ou origens, descritos por
estudiosos de teologia. Estes são os principais demônios na história de
muitos povos, através dos séculos.
“Aaba”:
demônio fêmea, de beleza irresistível, com capacidade de poder se
apresentar como mulher e seduzir quem bem desejasse. Contudo,
curiosamente, era incapaz de presenciar derramamento de sangue.
“Aamon”:
um dos três demônios a serviço de Satanaquia e comandante da primeira
legião do Inferno. É a suprema divindade dos egípcios. Demônio que se
apresenta com cabeça de lobo, cauda de serpente, sempre remitando fogo.
“Aarão”:
comandava legiões de demônios, sendo adepto da Magia Negra,
considerando “Aaron, fil diboli” (Aarão, filho do diabo). Feiticeiro
bizantino, possuidor da chave de Salomão, construtor do tempo de
Salomão. Não confundir com Aarão, irmão do primogênito de Moisés,
primeiro sumo sacerdote dos hebreus, que permitiu, na ausência de
Moisés, que os hebreus sacrificassem ao bezerro de ouro e morreu na
montanha de Hor, antes de entrar na terra da Promissão.
“Abadom”
ou “Apollyon”: também conhecido por Apollyon, Abadom significa “O
destruidor”. É o nome dado ao anjo do abismo ou da morte ou do Inferno,
no Apocalipse, por João, sendo identificado como o anjo exterminador,
nos versículos 10 a 23, do capitulo 12 do livro do Êxodo. Mencionado
também, no primeiro capitulo do livro do Apocalipse, como o chefe dos
demônios – gafanhotos, o soberano do Poço Sem Fundo (Judas, 6) e o rei
dos demônios no livro do Êxodo, assim esta escrito: “Porque o senhor
passara ferindo os egípcios e quando ele vir este sangue sobre a verga
das vossas portas, e sobre as duas umbreiras, passara a porta da vossa
casa e não deixara entrar nela o anjo exterminador a ferir-vos”.
“Abassay”:
gêmeo maléfico ou diabrete, na língua tupi entre as tribos negras
ocidentais, nos territórios da antiga África Francesa, era tido como o
deus que povoou o mundo. Na Anthologia Negra, de Blaisse Pendars, consta
que Abassi, sentado em seu trono, fez todas as coisas, superiores e
inferiores, no mundo inteiro. Todos os homens habitavam o céu, na
havendo homens na Terra. A pedido de Altair, entidade divina das tribos
negras da antiga África ocidental francesa, fez com que os homens
passassem a habitar a Terra.
“Abigor”: demônio
que comandava 60 legiões infernais, em seu cavalo com asas, tinha a
capacidade de prever o futuro, alem de ser conhecedor de todos os
segredos da arte de guerrear. Carregava sempre consigo uma lança,
estandarte ou cetro.
“Abramelech”: tido como
presidente do Alto Conselho dos Diabos, grande chanceler do Inferno e
superintendente do guarda-roupa do Diabo. Foi sempre representado na
forma de uma mula, com torso humano e rabo de pavão.
“Abraxas”:
demônio que era representado com uma cabeça de galo, grande barriga e
rabo cheio de nós. Sempre carregava consigo um chicote e um escudo.
Usado também, como termo místico, muito em voga entre os gnósticos. Na
numeração grega, suas sete letras, Abraxas ou Abracax, denotam o numero
365 – supostamente, a soma total dos espíritos que emanam de deus. Para
os ocultistas, a palavra tinha poderes mágicos e, gravada em pedras,
poderia ser usada como amuleto ou talismã, para dar sorte. Daí a origem
da palavra mágica “Abracadabra”, que “protege as pessoas do mal, de
doenças, da morte e abre todas as portas”. Essa curiosa palavra foi
usada, pela primeira vez, no século 11 d.C. (não entendi bem esta data
no escrito), por Quintus Serenus Sammonius, sábio responsável pela saúde
do imperador romano, sendo sua origem desconhecida. No ano 208, foi
mencionada em certo poema, quando o imperador Severus esteve na
Grã-bretanha, como cura certa contra a febre terçã, que é aquela que se
repete com três dias de intervalo. Aparece no denominado “Triângulo
Mágico”, que tem conexão com outros conceitos do ocultismo, inclusive no
simbolismo do Tarô, que é escrita na forma de um triângulo, sendo
colocada em volta do pescoço.
“Agatodemon”: termo
grego designado demônio beneficente, que acompanha as pessoas por toda a
vida. Segundo diz a lenda, Sócrates, o grande filósofo grego (468-400
a.C.), tinha um demônio semelhante, que o acompanhava sempre.
“Agaures”:
grão-duque da parte ocidental do Inferno, comandante de 31 legiões de
demônios, ensinando línguas, fazendo com que os espíritos terrestres
dancem e distraiam seus inimigos, sendo ainda considerado primeiro
ministro de Lúcifer. Costuma aparecer como nobre senhor, trazendo um
gavião no punho, vestindo túnica, montado a cavalo, levando consigo um
crocodilo.
“Ahriman“: igual ao espírito do mal, irmão gêmeo de Ormuzd, espírito do Bem, no Zoroastrismo.
“Algol“:
do árabe “Al-gul”, significando “(a cabeça do) demônio”. Estrela dupla
variável, muito brilhante, da constelação de Perseu; Estrela-Demônio.
“Aligar”:
um dos três demônios à disposição de Eleuretty, o tenente-general das
legiões do Inferno. Tem o poder de concluir as coisas que se desejavam e
pode fazer cair granizo. Comanda os demônios Abigar, Batim e Tursã.
“Alijenu”: espírito do mal. Espírito diabólico.
“Aliocer”:
grão-duque do Inferno, comandante poderoso de 36 legiões infernais,
possuindo cabeça de leão, com chifres e olhos flamejantes, sendo que seu
enorme cavalo possui patas de dragão.
“Allatou”: esposa de
Nergal, demônio chefe da polícia do Inferno, encarregado da denominada
Corte Infernal. Nergal era espião honorário de Belzebu. Na religião
sumeriano-arcadiana, designava demônio do mal, da morte. É descendente e
serviçal de Eresshkigal, “senhora do grande lugar”, rainha do mundo dos
mortos nos textos sumerianos, ela reina no seu palácio, sempre
guardando a fonte da vida. Seu nome familiar é Namar e na religião
assírio-babilônica Allatou é a deusa do submundo, consorte de Bel e,
posteriormente, de Nergal.
“Alu”: demônio da Mesopotâmia, com
feições de cachorro, preferindo o silêncio e a escuridão. Foi escrito e
pintado por alguns artistas, apresentando-se sem pernas, ouvido e boca.
“Aluga”
ou “Alougua”: demônio fêmea, que era ao mesmo tempo súcubo e vampiro,
acostumado a levar os homens à exaustão e depois ao suicídio.
“Amaduscias”:
grão-duque do Inferno; comandava 30 legiões e possuía cabeça de
unicórnio, aparecendo muitas vezes com forma humana, costumava dar
concertos invisíveis, fazendo com que as árvores balançassem ao som de
sua voz. Alguns grupos musicais, da denominada atuante “música pesada”, o
adotam com padroeiro e protetor.
“Aman”: um dos demônios que
costumava possuir madre Joana dos Anjos. Foi um dos primeiros demônios
que ela mandou expulsar. Nada a ver com a figura bíblica (Antigo
Testamento), personagem que foi primeiro-ministro de Assuero (Nerses),
rei da Pérsia, que planejou o extermínio dos judeus no país, no que foi
impedido por Mardoqueu e sua sobrinha Ester, concubina do rei. Esse fato
é considerado lendário para justificar a instituição da festa judaica
intitulada Purim, celebrada nos dias 14 e 15 do mês de Adar,
correspondente a fevereiro-março do nosso calendário.
“Amane”:
segundo o livro de Enoque, espécie de Apocalipse dos primeiros tempos do
Cristianismo, não admitido nos cânones dos livros sagrados, era um dos
chefes dos duzentos anjos que se rebelaram contra Deus e que prometeu
recrutar vassalos em Samiaza.
“András”: também Marquês do Inferno,
demônio com cabeça de coruja, com o corpo nu de um anjo alado,
cavalgando sempre um lobo e brandindo sua espada. Couto Magalhães
classifica-o como o deus que protege os animais do campo contra o abuso
da caça. Sua figura é a de um veado branco, com olhos de fogo. Barbosa
Rodrigues diz que no Amazonas, quando o Anhangá aparece no homem, é
sempre sob a forma de um veado, cor vermelha, cruz na testa, olhar de
fogo e chifres cobertos de pelo. Os tupinólogos Teodoro Sampaio e
Testavim traduziram o termo por “alma”, espírito maligno, diabo, alma de
finados.
“Angra Maineu”: o espírito diabólico da religião Zoroastrismo, que causa todo o mal.
“Anhangá”: Na mitologia tupi-guarani, o espírito do mal; diabo.
“Anhangüera”: do tupi “diabo velho”.
“Asmodeu”:
Segundo o Dicionário Bíblico, é o demônio que assediava Sara, filha de
Raquel, tendo matado seus sete primeiros maridos no próprio dia do
casamento, até que veio a ser subjugado pelo anjo Rafael. Considerado o
demônio bíblico da ira e da luxúria. Do hebreu “Asmoday” ou “Acheneday”,
é o demônio chefe de Shedin, uma classe dos demônios com garras de
galo. Na demonologia judaica, considerado o espírito do mal, sendo que
seu berço é o Avesta, o livro sagrado da religião de Zoroastro, profeta
persa, fundador do Zoroastrismo, apelido dado pelo filósofo Nietzche
como Zarastustra. O Zorgastrismo ou Zoroastrismo tem como principal
característica o dualismo, o princípio do Bem e do Mal. Conta a história
que o anjo Rafael capturou Asmodeu e perdeu-o no deserto egípcio,
permitindo assim que Sara se cassasse com Tobias, que veio a ficar cego e
posteriormente foi curado por seu filho, graças a interferência do anjo
Rafael. Na demonologia, é o superintendente das casas de jogos na corte
infernal. Costuma ser representado com três cabeças diferentes, sendo
uma de touro, outra de homem com hálito de fogo e a terceira de
carneiro. Dizem ter ele destronado Salomão, que acabou por vencê-lo,
obrigando-o a construir um templo. Seu símbolo é o símbolo da Anarquia.
“Asper”:
principal inimigo do deus Sol no Egito antigo, sendo considerado o
próprio demônio, a serpente da noite. Nenhuma relação teria com as
personagens do diálogo de Oratoribus. Diálogo dos Oradores, atribuído a
Tácito, notável historiador latino que viveu entre 56 e 120 d.C.
“Astaroth”:
grão-duque importante e poderoso na região oeste do Inferno, casado com
Astartéia, tida como a deusa fenícia da Lua. Quando novas leis são
propostas, costuma emitir sua opinião. É sempre representado como um
anjo nu, coroado, montando um dragão, segurando em sua mão esquerda uma
serpente. É também o tesoureiro do Inferno, exalando profundo mau
cheiro, verdadeiramente insuportável. Astartéia, tida como sua esposa, é
considerada a divindade dos povos semíticos, a deusa do céu, sendo a
protetora de várias cidades e muitas vezes honrada com sacrifícios
humanos. No museu do Louvre (França), há uma estátua representando sua
figura.
“Asura” ou “Ahura”: classe de deuses soberanos na
mitologia védica, que acabaram sendo considerados demônios. Inimigos dos
Devas, divindades que representavam o Bem e, nas regiões da Índia,
serima todos os seres divinos.
“Ayperos”: príncipe infernal,
comandante de 356 legiões, sendo representado como um abutre dotado de
capacidade de prever o futuro.
“Ayphos”: um dos três demônios obedientes aos desejos de Náberus, marechal-de-campo do Inferno.
“Azazel”:
demônio de origem hebraica. O Levítico menciona-o como o bode
expiatório, enviado ao deserto. “Deitando sortes sobre os dois bodes,
para ver qual deles será imolado ao Senhor, e qual será o bode
emissário”. “E para espiar o santuário das impurezas dos filhos de
Israel, das suas prevaricações contra a lei, e de todos os seus pecados”
(Lev 6:8-34). De acordo com o livro de Enoque, é um dos 200 anjos que
se rebelaram contra Deus. Nos escritos apocalípticos é o poder do mal
cósmico, identificado pelos impulsos dos homens maus e da morte. Eles
teriam vindo até a Terra para esposar os humanos e criar uma raça de
gigantes. O Livro do Apocalipse descreve-o como uma criatura impura e
com asas. É identificado como a serpente que tentou Eva e que poderia
ser o pai de Caim. No século II os búlgaros bogomilianos concordavam que
Satanael teria seduzido Eva e que ele, não Adão, era o pai de Caim. A
maioria dos bogomilianos foi queimada viva pelo imperador bizantino
Alexis. Os Atos dos Apóstolos falam, ainda, em outros três demônios, a
saber: 1) Lirith, divindade maléfica do sexo feminino, desencadeadora de
tempestades, espécie de fantasma noctívago, que os babilônios chamavam
de Lilitu. Antiga tradição popular judaica afirma que Lilith teria sido a
primeira mulher de Adão; 2) Bergar, cujo sentido é o de maligno e
comparado, por Paulo, como Anticristo; 3) Asmodeu, conforme já
esclarecido, aparece no livro de Tobias como o assassino dos maridos de
Sara.
“Azidahaka”: demônio na religião de Zoroastro, que tomou a forma de serpente, possuidora de três presas.
“Azucrim”: Entidade diabólica e molesta; diabo.
“Baal”:
na demonologia, é representado como um grão-duque do Inferno, chefe dos
exércitos, comandante direto de legiões de demônios. Representado com
três cabeças, sendo uma de gato, outra de homem e a terceira de um sapo.
Seu corpo, bastante forte, termina em pernas de aranha, podendo se
tornar invisível. Entretanto, através da história, Baal teve outras
designações, sendo considerado a divindade suprema dos fenícios e dos
cartagineses, para quem eram sacrificados crianças a fim de garantir
fartas colheitas, bem como a segurança contra os inimigos. Servia ainda
para designar muitas deidades. É também o deus semítico da fertilidade,
cuja adoração era associada à grosseria sexual. Aparece na Bíblia com
diferentes predicados: Baal, Senhor da Aliança; Baal-Zebu, O Baal das
Moscas, que aparece na Vulgata – versão latina da Bíblia, revista por
São Jerônimo – com sentido pejorativo. Entre os sumérios e babilônicos,
assume a forma de Bel, Bel-Mardux. Os Baalim eram protetores dos
oráculos/templos – sendo certo que alguns reis de Israel incentivaram
seu culto, o que motivou a reação dos profetas. É uma palavra hebraica
que significa senhor, marido, dono, sendo certo que nos primeiros tempos
usavam o termo Baal para o verdadeiro Deus.
“Baalberith”: demônio
de Segunda ordem, senhor dos casamentos, secretário, chefe e arquivista
do Inferno. O demonologista I. Wier representa-o como um pontífice
sentado entre os príncipes do Inferno.
“Baalzebu” (“Baal-Zebu”) ou
“Belzebu”: o príncipe dos diabos. É usado no Novo Testamento para
identificar Satã. Na demonologia ele é o primeiro ministro dos espíritos
malignos, o “Senhor das Moscas”, manda moscas arruinarem a colheita e o
povo de Canaã prestava-lhe homenagem na forma de uma mosca. Figura
aterrorizante, enorme, preto, inchado, chifrudo, cercado de fogos e com
asas de morcego. Milton, no Paraíso Perdido, descreve-o como um rei
autoritário, cuja face irradia sabedoria. A expressão “Senhor das
Moscas” empresta seu nome ao livro de William Golding, prêmio Nobel de
Literatura. Outras variações do nome “Belzebu”: “Berzebu”, “Berzabu”,
“Berzabum”, “Brazabum”.
“Bael”: primeiro rei do Inferno,
comandante de 60 legiões, possuidor de três cabeças, sendo uma com a
figura de um gato, a outra de um sapo e a terceira de um homem.
“Balaam”:
um dos demônios maus que se apossou da madre Joana dos Anjos. A paixão
de Balaam era a mais perigosa de todas. Identificado como um demônio de
três cabeças, cavalgando um urso e carregando um falcão em suas mãos.
Uma das cabeças era semelhante á de um touro, a outra igual à de um
homem e a terceira de um carneiro. No Antigo Testamento, aparece o nome
de Balaão, profeta, vidente e adivinho, originário da cidade
mesopotâmica de Petor. Diz a lenda bíblica que, convocada por Balak,
filho de Sefor, rei de Moavo, a ir ao encontro dos israelitas para
amaldiçoá-los, pôs-se a caminho, montado numa burra, quando lhe surgiu
um anjo, com uma espada nua. O animal parou, recusando-se a andar. A
burra, dotada com o dom da palavra, condenou a sua crueldade. Deus,
então, abriu os olhos de Balaão, que viu o anjo e, assim, em vez de
amaldiçoar os israelenses, abençoou-os.
“Barão”: demônio criado
sob as instruções do barão Gilles de Rais (1404-440). Este, morto pela
Inquisição após um processo que ainda gera controvérsias, foi acusado de
sacrificar mãos e corações de criancinhas para obter o segredo da pedra
filosofal, ou seja, descobrir a maneira de transformar metais em ouro.
“Barbatos”: um dos três demônios a serviço de Eleuretty, tenente-general das forças do Inferno.
“Batsaum-Rasha”: demônio turco invocado para produzir bom tempo ou chuva.
“Bechard”:
demônio que pode ser invocado por satanistas, usando a expressão “Vem
Bechard – Vem Bechard”. Sua invocação é feita ás quintas-feiras,
chamando-o três ou quatro vezes no centro de um círculo, exigindo ele,
com pagamento pela sua presença e seus serviços, tão somente uma noz.
“Belfegor”:
o demônio das descobertas, seduzindo os homens com a distribuição de
riquezas. Algumas vezes aparece como uma mulher jovem e sedutora. Alguns
rabinos dizem que ele está sentado numa cadeira e nessa posição foi
representado por Bosh, pintor, escultor e gravador holandês (1462-1516),
no “Jardim das Delícias”.
“Belial”: do hebraico “Bellhharar”, que
quer dizer “inútil”, “sem valor”. Sinônimo de Satã e também de Belzebu,
com designativo do chefe dos demônios. No Novo Testamento, aparece uma
vez (II Coríntios 6:15). O mais imoral de todos os diabos. No Livro do
Apocalipse é cognominado “a besta”. Num dos pergaminhos encontrados no
Mar Morto, aparece como o chefe das forças do mal. Sua intenção é fazer
proliferar a perversidade e a culpa. Alguns o identificam com o
Anticristo. No primeiro século d.C. foi considerado o anjo da desordem
que governa o mundo. É o demônio da pederastia e cultiva a sodomia.
Algumas vezes é representado numa carruagem de fogo. Há um trabalho
alemão da Idade Média, exclusivamente a seu respeito, denominado Das
Buch Belial. Segundo, ainda, o Novo Dicionário de Personagens Bíblicas,
de José Schiavo (pág.118), seria um monstro fictício, mencionado no
Apocalipse sob o misterioso número 666. Possuía sete chifres e sete
cabeças, ostentando sobre cada cabeça sete nomes blasfemos e, sobre os
chifres, dez diademas. Assemelha-se a uma pantera, com os pés de urso e
boca de leão. Noutro passo, é mencionado como possuindo dois chifres,
falando com um dragão. Alguns intérpretes o deram com figuração dos
falsos profetas advindo da Ásia.
“Besta”: pseudônimo do próprio
Diabo. No livro do Apocalipse, o apóstolo João fala de duas bestas,
sendo que uma sai do mar, com um leopardo de dez chifres e sete cabeças,
pés de urso e mandíbula de leão, e outra que vem a terra, como dois
chifres, parecendo um dragão. Trata-se de uma visão do apóstolo João
(Apocalipse 13). O profeta Daniel teve uma visão de quatro bestas
representativas de quatro sucessivos impérios que se destruiriam uns aos
outros. Todas as quatro representariam Satã. Comumente é tomado como o
Anticristo.
“Beyerevra”: demônio indiano mestre das almas que vagueiam pelo espaço.
“Biemo”
ou “Beemô”: demônio da gula, denominando os prazeres do estômago,
tomando a figura de animais de grande porte, principalmente o elefante e
a baleia. “Protege” aqueles que vivem nas orgias e nas farras.
“Bonifarce”:
um dos demônios que se apossou de Elisabeth Allier, freira francesa do
século XVII. Conta a história que essa foi exorcizada em 1639, com muito
sucesso, por Francois Faconnet. Estava possuída por dois demônios,
Bonifarce e Orgeuil, havia mais de vinte anos, admitindo-se que esses
demônios tenham entrado em seu corpo quando ela tinha 7 anos de idade,
por meio de um pão que havia sido colocado em sua boca.
“Buer”:
demônio de segunda grandeza, comandante de 50 legiões, com cabeça de
leão. Locomove-se com cinco pés de bode, na forma de uma estrela.
“Caçador Negro”: diabo que conduz uma caçada alada ou uma caçada no Inferno.
“Caim”:
grande mestre do Inferno, representado com homem elegante, com cabeça e
asas de um pássaro preto – melro -, sendo considerado o mais
inteligente dos sábios do Inferno. Leva consigo um sabre, quando toma a
forma humana, embora tenha cauda de pavão. Entende os pássaros, os bois,
os cachorros e o som das ondas do mar. Deu formação a uma seita
denominada Cainites ou Caimitas, para adorá-lo, louvando a Caim, Judas,
Sodoma, Esaú e rendendo homenagem a Korah, certo judeu que foi destruído
depois de liderar uma rebelião contra Moisés. Louvaram também a Judas
que acreditavam ter livrado a humanidade de Jesus Cristo. No Antigo
Testamento, aparece o nome de Esaú, que em hebraico quer dizer “peludo”,
também cognominado Edom – o ruivo. Muitos críticos encontram analogia
entre Esaú – Jacó e Caim – Abel, relacionando-os a uma luta entre o
pastoreio e a agricultura. Esaú era filho de Isaque e Rebeca, irmão
gêmeo de Jacó, a quem vendeu seu direito de primogênito por um prato de
lentilhas.
“Cali” ou “Kali”: rainha dos demônios, a quem vidas
humanas eram sacrificadas. Também divindade bramânica, mulher de Shiva,
deusa do Inferno, representada com a forma de uma negra, com quatro
braços, segurando em cada uma das mãos uma cabeça humana.
“Chamos”:
membro do conselho de príncipes do Inferno, demônio da bajulação.
Citado por Milton, no Paraíso Perdido, como o terrível horror das
crianças de Maabo, região situada na costa sudeste do Mar Morto, Ásia
Menor, que faz parte dos planaltos que se estendem à leste do rio
Jordão, a chamada Transjordânia. No Antigo Testamento, Moab, personagem
bíblica, do hebraico Moabi, “nascido do próprio pai”, eis que era filho
de Ló, pela união incestuosa deste com sua filha mais velha. É também
tido com a divindade semítica dos moabitas e talvez dos amonitas.
“Chax”: duque do Inferno, mentiroso e ladrão.
“Corozon”:
poderoso demônio argelino que abriu as portas do Inferno com as
seguintes palavras: “Lazas, Lazas, Nasatanada, Lazas”. Exorcizado por
Aleister Crowley no deserto argelino, sendo que alguns ocultistas
afirmam que este foi possuído pelos demônios pelo resto da sua vida.
“Coulobre”:
diabo na forma de dragão que, na Provence (França), andava devorando as
pessoas. Em Cavaillon, cidade francesa, foi ele derrotado por São
Verard, por meio de água benta. Nicolau Mignard, pintor francês
cognominado Mignard D’Avignon (1606-1668), retratou a batalha. D’Avignon
foi encarregado de trabalhar na decoração das Tulherias, antiga
residência dos soberanos da França em Paris.
“Dibbuk” ou “Dibuk”:
demônio particularmente mau que perseguia os acadêmicos e procurava
descansar dentro de uma pessoa. Na Idade Média, uma das maiores
superstições entre os judeus do leste europeu.
“Djim” ou “Djin”:
do árabe “ginn”. Na tradição e folclore árabes, entidade de poderes
superiores aos humanos e inferiores aos dos anjos; gênio, espírito,
demônio.
Curta-nos
“Efialtes”: demônio masculino íncubo que vem pela noite copular com uma mulher, perturbando-lhe o sono e causando-lhe pesadelos.
“Empusa”:
demônio da “Meia-Noite” surgindo com os mais variados disfarces.
Costuma surgir como uma bela mulher, com o pé esquerdo feito de bronze,
outras vezes com o casco de mula. Na Rússia, era temido porque aparecia à
“Meia-Noite” na época da colheita, como uma viúva, e costumava quebrar
os braços e as pernas dos trabalhadores. Tinha a sensualidade dos
vampiros pela carne humana. Enviado à Terra pelas divindades infernais
para atacar os viajantes, sugando suas vítimas.
“Eurinômio”:
príncipe da Morte, no Inferno, com um corpo horrível, coberto de pêlos
de raposa. Usa longos dentes, alimenta-se de carniça putrefata, de
corpos mortos, sendo adorado no Templo de Delfos, cidade da antiga
Grécia, onde Apolo tinha um Templo, ditando oráculos através da boca da
Pítia. Delfos foi tomada pelos gauleses em 279 a.C.
“Goliardo”:
diz-se de, ou indivíduo dado à gula e vida desregrada ou devassa, de
hábitos demoníacos como os do gigante bíblico Golias, que personificava o
demônio.
“Haborym” e “Aym”: duque do Inferno com três cabeças,
uma de gato, outra de homem e a terceira de cobra. Demônio do fogo e
também dos holocaustos. Senta-se todo enrolado, como uma serpente,
segurando uma tocha.
“Iblis”: o diabo do Islã. De acordo com o
Livro Sagrado de Yezidi, o livro das revelações e o livro Negro, Iblis é
uma falange de arcanjos. Corresponde ao príncipe das trevas, sendo
certo que o Inferno é mencionado como o Reino de Íblis. Ele se condenou
por seu exclusivo amor à idéia da divindade. Deus o teria perdoado,
confiando-lhe o governo do mundo e a supervisão das almas.
“Ifrite”: Na tradição popular árabe, demônio ou diabo.
“Íncubo”:
anjo do Paraíso que foi expulso e se transformou em demônio, procurando
continuamente mulheres para saciar-se, enquanto elas dormem. Na França,
são chamados “Follet”, de “Alp” na Alemanha, de “Follette” na Itália, e
no Brasil, de duendes. A sua fêmea é denominada Súcubo. O número deles é
tão elevado que se torna difícil destruí-los, no dizer de Santo
Agostinho (De Civitate Dei – XV, 23). Muitos afirmam que o íncubo é um
anjo que atrai as mulheres em sua queda para o Inferno. Muitas mulheres
foram possuídas por belos homens, corpos mortos temporariamente
reanimados pelos íncubos. Durante a Idade Média, muitos sintomas em
razão da menopausa eram imputados aos íncubos. Diziam que Huno e Platão
nasceram da união de um humano e um íncubo, bem como o famoso sábio
Merlin, fruto de um íncubo e a filha do rei da Inglaterra. Foi Merlin
conselheiro de quatro reis ingleses, incluindo-se o rei Artur, fundador
da Távola Redonda, e cognominado O Mágico. A fada Viviana encerrou-o num
círculo mágico de onde não pode mais sair. Dizem que a abadessa de
Cordoue tinha um íncubo, com a forma de animal, como seu amante.
“Jahi”:
demônio fêmea da religião de Zoroastro que foi beijada por Ahriman,
introduzindo assim a menstruação no mundo. Ahriman representa o
principie do mal, e o seu oposto, Ormuzd, o principie do bem, que deve
acabar por vencer.
“Jin”: demônio entre os árabes pagãos,
representando uma das forças contrárias à natureza. Espírito ou demônio
menor que um anjo. A forma plural do nome é “jinn”; a forma feminina,
“inniyah”. Formados de fogo ou ar, os “jinn” podem adotar tanto forma
humana quanto animal. Para os muçulmanos, são entes sobrenaturais que
podem ser bons ou maus. O rei Salomão possuía um anel de magia que o
protegia desse demônio.
“Jurupari”: entidade sobrenatural dos
índios sul-americanos, versão ameríndia da divindade legisladora
encontrada em todas as sociedades primitivas. Geograficamente, o
Jurupari é o mito mais difundido no Brasil. Sua origem situa-se,
provavelmente, no período da passagem do matriarcado para a organização
patriarcal ocorrida nas sociedades tribais brasileiras. Segundo a lenda,
Jurupari foi concebido de mulher virgem fecundada pelo sumo da cucura
(planta da família das moráceas, entre elas, o figo, a jaca e a
fruta-pão). O filho desta gravidez foi enviado à terra com a missão de
reformar os costumes e procurar a mulher perfeita para ser esposa do
Sol. Não pode deixar a Terra enquanto não encontrá-la. Jurupari tirou o
poder das mulheres e o entregou aos homens. Instituiu festas para os
iniciados, ou seja, homens que atravessaram o rito da puberdade e se
tornaram guerreiros. As mulheres não podem participar das festas pois,
se conhecerem os segredos dos homens, Jurupari as castiga com a morte.
Nas festas de Jurupari, que ainda ocorrem em muitas populações indígenas
ou entre seus remanescentes, os homens dançam e tocam um instrumento de
sopro chamado “trombeta de Jurupari”. O mito está ligado também à idéia
de íncubo (demônio masculino que violenta mulheres à noite) porque
Jurupari aparece aos homens nos pesadelos. A catequese jesuítica
identificou-o com o diabo.
“Kasdeya”: nome do quinto Satã, que ensina a destruição aos homens. Na magia, é representado por uma caveira de um jovem.
“Kobal”:
diretor de diversões da corte do Inferno. Padroeiro dos comediantes.
Durante séculos foi considerado suspeito para a Igreja. Demônio que
sentia imenso prazer em matar. Na Alemanha, é “Kobald”, espírito
familiar, considerado o guarda dos metais preciosos.
“Krikoin”: na
religião dos esquimós, é o demônio do mal, que persegue os cães que
ficam ao lado de fora das casas, nas noites frias.
“Kubera”: é o rei dos demônios maus para os hindus, sendo também considerado o deus da riqueza.
“Lilith”:
demônio feminino mencionado no folclore judaico. Várias são as lendas
sobre ela, sendo considerada a personificação das paixões desregradas. A
mais antiga tradição popular judaica dá como sendo ela a primeira
mulher de Adão. Não conseguindo lhe dar um filho, Deus decidiu criar Eva
para ser sua companheira. Foi ela quem ensinou a Adão a felação e
outras práticas que a moral qualifica de antinaturais. É, a mãe dos
espíritos do mal, Lelin, Sehedin e Roudin. É associada com a praga e o
flagelo do meio dia (Salmo 91, Salmo 56). Tida ainda, com um dos sete
demônios da Cabala hebraica, representado pela figura de uma mulher nua,
cujo corpo termina em cauda de serpente. Pela crença dos antigos
persas, alguns a dão como filha de Samuel e esposa de Ashmedai ou
Esmadfewa, um dos sete espíritos demoníacos.
“Loki”: demônio do fogo, gênio do mal. Na mitologia escandinava é comparado ao próprio Diabo.
“Mamon”:
demônio da avareza, riquezas e iniqüidades. Foi ele quem ensinou os
homens a cavar a terra à procura de tesouros ocultos, no dizer de
Milton. Palavra aramaica que significa “riqueza”. Cristo nos adverte que
não podemos servir a Deus e a Mamon (Mateus 6: 24): “ninguém pode
servir a dois senhores porque ou há de aborrecer um e amar outro, ou há
de acomodar-se a este e desprezar aquele. Não podemos servir a Deus e às
riquezas (Mamon)”. Vide também Evangelho de Lucas 16:13.
“Mandrakes”: demônios pequenos, sem pêlos, grosseiros. Uma espécie dos conhecidos Capetas.
“Manitó” ou “Manitô”: Gênio tutelar, ou demônio, entre índios americanos.
“Mefistófeles”:
pérfido, maldoso, sarcástico. Nome popular do Diabo, segundo Goethe.
Personagem do drama Fausto de Goethe (1749-1832), é um demônio que veio à
Terra para satisfazer paixões de Fausto. Julga o mundo com ironia
desdenhosa. Seu nome é empregado com sinônimo de homem de caráter
perverso, verdadeiramente diabólico. A história de Fausto é a história
do homem que vendeu sua alma ao Diabo em troca de bens terrestres. O
drama divide-se em duas partes, onde o genial poeta imortalizou suas
concepções da natureza e do homem.
“Mezu”: no folclore japonês, o demônio com cabeça de cavalo, que dá assistência a Kongo, xerife dos Infernos.
“Molegue”:
príncipe da “Terra das Lágrimas”, no Inferno. Recolhe, com alegria, as
lágrimas das mães. É um demônio monstruoso, gotejando o sangue das
criancinhas e as lágrimas de suas mães. Apresenta-se com cabeça de
bezerro, coroa real, braços esticados para receber suas vítimas humanas.
Os amonitas, membros de tribo à leste do Jordão, descendentes de Amon,
que derrotaram os gigantes de Zomzomins e ocuparam a região, costumavam
adorá-lo, sacrificando crianças em seu louvor para obterem boas
colheitas e vitória nas guerras. Milton e Flaubert a ele fazem
referência. OBS.: Alguns não gostam de utilizar a palavra “moleque”,
porque dizem que ela derivou do nome desse demônio.
“Mulli”: primeiro mordomo da casa dos príncipes infernais.
“Murmur”:
demônio da música, conde do Inferno, surgindo como um abutre, de pernas
abertas, figurando um soldado gigantesco. Também denominado Murmúrio.
“Nasu”:
na religião de Zoroastro, representa o demônio feminino que se alimenta
de corpos que acabaram de morrer ou já se encontram em estado de
putrefação. Surgem com se fossem borboletas. Sua residência é o Inferno,
no monte Elbroug.
“Nergal”: deus sumeriano das regiões infernais.
Pode ser igualado ao deus grego Plutão, que governava o submundo.
Nergal, com o Satã bíblico, habitava originariamente os céus.
Considerados por muitos como demônio de segunda classe. Era chefe de
polícia e espião de Belzebu. Esposo de Ereshkigal que, no panteão
sumero-arcadiano, é considerada a senhora do grande lugar, rainha do
mundo dos mortos, reinando em seu palácio, guardando a fonte da vida. Os
demônios do mal e da morte são seus descendentes.
“Nuton”:
originário da lenda belga, vivendo sempre em grutas, perto de águas
correntes. Muito brincalhão, torna-se violento, todavia, se atacado.
“Nybras”:
propagandista dos prazeres da corte infernal. Supervisor dos sonhos,
visões, êxtase. Demônio inferior, tido como falso profeta e charlatão.
“Nysroch”: chefe da casa do príncipe infernal. De segunda classe; preside os prazeres da mesa.
“Orias”: conde do Inferno. Perito em astrologia. Na metamorfose, carrega sempre uma serpente em cada mão.
“Orthon”:
demônio familiar do conde de Corasse e do conde de Foix. Invisível,
sabe tudo o que acontece no mundo. Quando aparece, costuma mostrar-se
como uma porca.
“Pazuzu”: demônio assírio, rei dos espíritos maus
do ar, filho de Hanpa. Há no museu do Louvre (França) uma estátua de
bronze, do século VII, representando Pazuzu, com forma humana, duas asas
e dois chifres.
“Perséfone”: deusa do Inferno, filha de Júpiter e Ceres, mulher de Plutão. É a mãe das fúrias.
“Prusias”: um dos três demônios a serviço de Satanáquia, grande general das legiões de Satã.
“Ravana”:
demônio rakchasa, do épico Ramayana, soberano do Ceilão que raptou
Sita, esposa de Rama. Ramayana é um poema sânscrito, ao mesmo tempo
religioso e épico, em 50.000 versos e sete partes. Celebra a genealogia
de Rama, a sua juventude, a luta contra Ravana, raptor de Sita, sua vida
e ascensão para o céu. Rama é uma das encarnações de Vichnu na
mitologia hindu e deus da Índia, casado com a deusa Sita.
“Raymon”:
demônio poderoso encarregado das cerimônias infernais. Aparece na forma
de um homem vigoroso, mas com rosto de mulher, coroado com jóias e
montando um dromedário.
“Rimmon”: embaixador do Inferno na Rússia
czarista. Demônio menor, chefe dos médicos, acreditando-se que era capaz
de curar a lepra.
“Saarecai”: demônio menor que habita os buracos da casa, mas, acredita-se, “não faz mal a ninguém”.
“Sardon”:
conselheiro do Inferno, sacrificando as criancinhas nos Sabás (rituais
satânicos). Deu origem à expressão “risadas sardônicas”.
Satã: Na
tradição judaica mais primitiva, um dos anjos de Jeová, advogado ou
representante dos homens junto a este, e que posteriormente, sob a
influência do problema do mal e das soluções de tipo dualista dadas a
esse problema, passou a significar o mau, o acusador, o tentador, o
demônio. Lúcifer.
“Seirim”: demônio cabeludo na forma de bode, que dança nas ruínas da Babilônia, comandado por Azazar.
“Shabrini”: demônio dos antigos judeus que costumava cegar os homens.
“Shedim”:
demônio destruidor. Dizem ser descendente da serpente, outros dizem ser
de Adão, depois da queda, e outros de Deus, que deixou os inacabados,
incompletos, por causa do dia do descanso, ou seja, do Sábado. Para
poder localizá-los, devem ser espalhadas cinzas pelo chão, para que
esses demônios deixem seus rastros, dependendo, todavia, de uma formula
mágica a ser proferida para que possam ser vistos. Suas garras são de
galo e seu chefe é o demônio Asmodeu.
“Súcubos” ou “Succubus”:
demônio fêmea, em oposição aos Íncubos, tentando os homens durante o
sono, nada os detém até conseguirem copular com eles. Costumam visitar
os solitários, monges e pastores, aproveitando-se de seus jejuns e
abstinências. Reanimam cadáveres que depois de uma noite de amor, voltam
ao estado putrefato. Muitas vezes, dizem, tomam a forma da pessoa
amada. Esta é uma raça menos conhecida de vampiras européias. A maneira
mais comum de se alimentarem é tendo relações sexuais com suas vítimas,
deixando-as exaustas e depois alimentando-se da energia dispersada no
ato sexual. Elas podem entrar numa casa sem serem convidadas e tomar a
aparência de qualquer pessoa. Geralmente visitarão suas vítimas mais de
uma vez. A vítima de uma Succubus interpretará as visitas como sonhos. A
versão masculina de um Succubus é um Íncubus.
“Tânatos”: demônio
masculino que personifica a morte, irmão de Hipnos (sono) e de Nix
(noite). Freud, em seus estudos, desenvolveu o conceito no qual Tânatos é
uma das forças que governam o inconsciente profundo. A outra força é
Eros (o amor).
“Tarasgua” ou “Tarascon”: metade monstro da terra,
metade do amor, foi vencido por Santa Marta, que o prendeu em seu cinto
de virgindade. Apresentava cabeça de leão, com seis pés, patas de urso e
rabo de serpente.
“Thamuz”: embaixador do Inferno na Espanha,
sendo inventor da artilharia, da Inquisição e de suas punições. Era
considerado o inspirador das grandes paixões.
“Ukobach”: demônio
inferior e responsável pelo óleo das caldeiras infernais. É o inventor
da frigideira e dos fogos de artifício, aparecendo sempre com o corpo em
chamas.
“Uphir”: demônio químico, conhecedor de ervas medicinais e, responsável pela saúde dos outros demônios.
“Vetis”: trabalha para Satã e é especialista na corrupção das almas de pessoas santas.
“Xaphan”:
demônio menor que, por ocasião da rebelião dos anjos, deu a sugestão
para se atear fogo no céu. É o que acende o fogo no Inferno.
“Xesbeth”: demônio das mentiras, dos prodígios imaginários, dos contos maravilhosos.
“Vekum”:
demônio que seduziu os filhos dos anjos sagrados e persuadiu-os a virem
à Terra e ter relações sexuais com os mortais, conforme o livro de
Enoque.
“Zaebos”: demônio com cabeça humana e corpo de crocodilo.
“Zagam”:
demônio das decepções e dos desenganos. Consegue transformar cobre em
ouro, chumbo em prata, sangue em óleo, água em vinho. Tem asas e cabeça
de boi.
“Zagamzaim”: diabo disfarçado de eunuco, descrito por Vitor Hugo.
“Zepar”: grão-duque do império infernal que tenta levar os homens à pederastia.
Significado de algumas palavras
1. Demônio:
A
palavra demônio, do grego “daimon”, refere-se a entidades dotadas de
poderes especiais, situadas entre os humanos e os deuses, e com
capacidade de melhorar a vida das pessoas ou executar castigos divinos.
Os demônios fazem parte do folclore popular em todo o mundo. Muitos têm
características especiais. Entre eles, os vampiros que chupam o sangue
de suas vítimas, o “Oni” japonês que provoca tempestades e, em lendas
escocesas, os “Kelpies” que espreitam os lagos para afogar viajantes
distraídos.
Idéia que se identifica com a maldade, o vício, o
comportamento sedutor e apavorante. O imaginário popular descreve o
demônio em sua representação clássica: magro, com chifres e um rabo
terminado em forma de seta. Sua presença é anunciada pelo cheiro de
enxofre. Às vezes, aparecem como cães, bodes, porcos, moscas ou
morcegos. Porém, não podem tomar a forma dos animais ligados ao
presépio: boi, jumento, galo, ovelha. Presença constante na cultura
popular, nas cantigas, nos cordéis e na linguagem onde, entre outros
epítetos, é chamado de o “avesso do direito”, Pedro Botelho, cambito,
pé-preto, capeta, maioral, demo e excomungado. Os demônios fazem
contratos de riqueza em troca da alma do contratante. Fogem dos
cruzeiros, do sinal da cruz e da água benta. Conversam com seus devotos
nas encruzilhadas à meia noite e são ligados às bruxas e feiticeiras. Na
literatura oral são sempre derrotados. No conto popular há o ciclo do
“demônio logrado”.
2. Demonete:
a) Pequeno demônio.
b) Criança endiabrada, travessa, traquinas.
c) “Diabrete”, “Demonico”.
3. Demonismo:
a) Crença em demônios.
b) Demonolatria.
4. Demonista:
a) Pertencente ou relativo ao, ou que é sectário do demonismo.
b) Demonolátrico.
c) Sectário do demonismo.
d) Demonólatra.
5. Demonólatra:
a) Adorador de demônios; praticante de Demonolatria (Demonismo); demonista.
6. Demonomancia:
a) Adivinhação por influência de demônios.
7. Diabolismo:
a) O culto do diabo; Satanismo.
b) Qualidade de diabólico; maldade.
8. Lucifer:
Na
Antigüidade, nome do planeta Vênus, chamado na Babilônia de Lucifer,
filho da Aurora. A forma latina deste vocábulo deriva da associação
“Lux-Fert” (“o que leva a luz”). No Antigo Testamento (Is. 14,12),
faz-se referência ao episódio em que Satã cai em desgraça, ao aludir à
expulsão dos céus da Estrela da Aurora. A Igreja começou a identificar
Satã com Lucifer. Sua sinonímia com Diabo ou Demônio, segundo elementos
de superstição popular, tornou-o um vocábulo de pronúncia tabu, pois o
ser demoníaco apareceria para aqueles que dizem seu nome. Em função
disto, surgiu uma riqueza de sucedâneos para designá-lo, fugindo à
verbalização destes três termos: Capeta, Cão, Capiroto, Cramulhão, Coisa
Ruim, Diacho, Dianho, Diogo, Maligno, o Tal etc.
9. Magia Negra:
Arte
de influir no curso dos acontecimentos ou adquirir conhecimento por
meios sobrenaturais. A magia está relacionada com a alquimia, o
ocultismo, o espiritismo, a superstição e a bruxaria. O termo deriva do
persa antigo “magi” (magos), referindo-se a sacerdotes que se ocupavam
do relacionamento com o oculto. Os gregos e romanos também praticaram a
magia. Segundo os antropólogos, as crenças e práticas mágicas – leitura
da sorte, a comunicação com os mortos, a astrologia e a crença nos
números e amuletos da sorte – existem na maioria das culturas. Durante a
Idade Média, a magia negra se baseava na bruxaria, feitiçaria e
invocação dos demônios.
10. Ocultismo:
Crença na eficácia de
uma série de práticas, tais como astrologia, alquimia, adivinhação e
magia, baseadas no conhecimento esotérico ou “oculto” acerca do universo
e suas forças misteriosas. O verdadeiro conhecimento oculto se obtém
através da iniciação com aqueles que já o possuem e pelo estudo de
textos esotéricos. O ocultismo ocidental tem suas raízes nas antigas
sabedorias populares da Babilônia e do Egito. Especialmente, na
registrada e transmitida pelos filósofos herméticos e neoplatônicos, com
importantes contribuições do misticismo judaico da Cabala. O ocultismo
teve determinante presença na Idade Média, especialmente na astrologia,
alquimia e rituais mágicos e cerimoniais para a convocação dos
espíritos. As grandes perseguições à bruxaria constituem parte sinistra
da história da Europa moderna (entre 1400-1700). Nesta época, centenas
de milhares de mulheres foram torturadas e aniquiladas sob acusações de
manter práticas ocultas. Durante o século XX houve um renascimento do
ocultismo na “contracultura” dos anos sessenta e no movimento “New Age”
(Nova Era) das décadas de 80 e 90.
11. Bruxaria:
Prática
de poderes sobrenaturais por pessoas que se autodenominam bruxas. A
bruxaria se expande por todo o mundo, embora tenha desempenhado funções
diversas através dos tempos e regiões. A antropologia moderna diferencia
a bruxaria simples – supostos cultos de bruxas na Idade Média – do
movimento “neopagão”. O conceito de bruxaria na Idade Média baseava-se
em certas pressuposições. Inclusive a crença de que o diabo e seus
subordinados – demônios, íncubos e súcubos – eram reais e exerciam seus
poderes no mundo tendo relações físicas com as pessoas e estabelecendo
pactos entre seres humanos e o mal. Na Antigüidade, a crença nas
práticas de bruxaria através da intervenção de espíritos e demônios era
universal. A feitiçaria e a magia também se desenvolveram na Grécia
antiga, através de figuras como Medéia e Circe. As práticas gregas
chegaram a Roma e foram assimiladas pela população. Ao longo do século
IV, desenvolveu-se o código Teodosiano onde se condenava,
explicitamente, o culto idolátrico a qualquer espécie de magia. De
acordo com os especialistas, os bruxos europeus, a partir da época
medieval, organizavam-se em grupos ou conciliábulos constituídos de doze
membros. A maior parte deles formado por mulheres e com um líder,
geralmente do sexo masculino, considerado o vigário do diabo. Muitos
fiéis ingênuos o tratavam como se ele fosse o próprio demônio. A febre
da caça às feiticeiras assolou a Europa de 1050 até o final do século
XVII.
12. Missa Negra:
Paródia da missa
católica e que rende culto ao demônio. Os relatos sobre a missa negra
têm origem, sobretudo, na literatura e em lendas medievais que descrevem
ritos zombateiros da missa cristã. Os observadores relacionam estas
práticas com a bruxaria.
Fontes: Dicionário Aurélio e Enciclopédia Microsoft Encarta.
>> Nota:
Vale lembrar que todo o poder de Satanás e seus demônios não chegam nem
perto do tamanho do poder de Deus e do nome Jesus Cristo, nosso Senhor.
Portanto, saiba que o inimigo atuará contra nós, mas lembre-se de que
lutando contra nós ele estará lutando contra Deus, e temos que
enfrentá-lo através do poder do nosso Deus, como diz a própria Palavra
de Deus em Tiago 4:7, “Sujeitai-vos, pois, a Deus; mas resisti ao diabo,
e ele fugirá de vós”. Estejamos preparados, em constante oração e
munidos da armadura de Deus, descrita em Efésios 6. Lembrem-se de que o
diabo já é um derrotado, através da morte de Jesus na cruz. Portanto,
apesar da luta ser árdua e das derrotas que possam surgir, a guerra está
ganha em Jesus Cristo, e a Sua volta está próxima, onde destruirá todas
as hostes malignas com um só sopro. Estejamos preparados e lutemos
enquanto este tempo não chega, através do poder de Deus nas nossas
vidas.
O Apocalipse / Portal Padom